A mais recente teoria que busca explicar o funcionamento do Universo é conhecida como Teoria das Supercordas, e foi desenvolvida em 1984 pelos físicos John Schwarz e David Gross. Segundo ela, tudo o que existe no Universo é constituído pela manifestação de um único elemento, que seria a fonte pela qual todos os elementos básicos do Universo, e todas as forças naturais seriam produzidos.Tudo o que há é constituído de vibrações emitidas por cordas vibrantes!
Assim como em um violão, cujas cordas pressionadas pelos dedos do violonista produz sons e notas diferentes, o Universo seria constituído de cordas que de acordo com diferentes vibrações, produziriam a matéria em seus vários estados. A Teoria das Supercordas está fundamentada nesse fenômeno. Seus modos de vibração em diversas freqüências dão origem as partículas elementares que nós identificamos como elétrons, quarks, fótons, etc..O universo é, portanto, constituído de cordas vibrantes e as superposições harmônicas de suas vibrações criam tudo o que existe.
Esta Teoria esboça grande beleza, pois nos permite visualizar um Universo unificado, onde tudo funciona harmoniosamente. Tudo está interligado.
A Criação é semelhante a uma grandiosa orquestra onde os diferentes instrumentos e seus sons são criados pelas vibrações emitidas por uma única fonte, as cordas vibrantes. A sinfonia executada por esta orquestra é composta e regida pelo Rei dos Reis. Ele é o Compositor e o Maestro regente da grande Sinfonia Universal. Por isso, João, ao relatar a misteriosa voz que ouvira do céu, declarou: “A voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam as suas harpas” (Ap.14:2b). E no capítulo 15, verso 2, o apóstolo amado fala das “harpas de Deus”.
João também vê harpas nas mãos dos vinte e quatro anciãos que se assentam ao redor do Trono de Deus. E não só harpas, mas também taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos (Ap.5:8). O que significaria tudo isso?
Os vinte e quatro anciãos que rodeiam o Trono representam a humanidade redimida, de todas as eras. 24 é o resultado de 12x2, e aponta para a totalidade dos eleitos de ambas as alianças, a Antiga e a Nova. 12 representa o número da redenção, é a multiplicação de 3 por 4. O Três pode representar o tempo (passado, presente e futuro), e o quatro pode representar o espaço (os pontos cardiais: norte, sul, leste e oeste). Logo, os vinte e quatro anciãos representam a amplitude da redenção promovida por Cristo. Ela abarca tudo quanto há dentro do tempo e do espaço.[1]
3.4.1 – A Matéria ao redor do Trono
Ao que parece, doze é um número Bíblico da predileção de Deus. São doze meses o tempo que a terra demora para dar uma volta em torno do Sol. O dia tem doze horas, a noite tem doze horas. O elemento carbono, que é o alicerce básico da vida na matéria, contém no seu núcleo 6 prótons e 6 neutrons, ou seja, 12 partículas que lhe conferem a massa. Além disso, os "tijolos" básicos que formam toda a matéria do universo, são formados por um cubo básico cujos lados (arestas) contêm 6 PÓSITRONS + 6 ELÉTRONS, ou seja, DOZE PARTÍCULAS. Todo o Universo é contruído com esses tijolos de doze partículas. A Redenção, representada pelo número 12, abarca a realidade como um Todo.
O ramo da física que estuda os constituintes básicos da matéria é a Física de Partículas Elementares. Neste campo existe uma teoria chamada de Modelo Padrão. Segundo essa teoria a matéria tem dois tipos de constituintes, os quarks e os léptons. Os primeiros nunca são observados isoladamente mas se agregam para formar os hádrons. Os hádrons mais conhecidos são o próton e o nêutron, formados por três quarks e principais constituintes dos núcleos atômicos. Os quarks mais abundantes na natureza são o up e o down. O próton é formado por dois quarks up e um quark down enquanto que o nêutron se constitui de um up e dois do tipo down. O lépton mais conhecido é o elétron, responsável pela ligação entre os átomos e, consequentemente, pela formação de moléculas. Há um outro lépton, chamado neutrino que não possui carga elétrica e é muito difícil de ser observado.
Essas quatro partículas constituem todos os corpos que nos rodeiam.
Repare que interessante: a Física e a Química estão representados ao redor do Trono de Deus. As quatro forças que regem o Universo, e as doze partículas que formam toda a matéria do Universo. Mas não são 24 o número dos anciãos? Sim. Mas o que dizer da chamada “antimatéria”? Considerando as partículas mais elementares que se conhecem atualmente, podemos dizer que para cada uma delas, existe uma antipartícula, com massa igual porém com carga eléctrica e momento magnético inverso. Elas dão origem à antimatéria. Há quem acredite que a antimatéria seja o que chamamos de mundo espiritual; o lado de lá, o avesso de tudo quanto vemos, o universo invisível. Seja ou não, o fato é que a Bíblia diz que em Cristo, foram criadas todas as coisas, quer visíveis ou invisíveis, matéria e anti-matéria. Tudo foi criado por Ele, e para Ele. Toda a criação está ao redor do Trono. Não há qualquer elemento químico, ou força física, que não esteja inteiramente submetida ao senhorio de Cristo Jesus.
O professor G. I. Naan, da Academia de Ciências da Estônia, sustenta convictamente, que nosso Universo está em equivalência com outro Universo paralelo, invisível de polaridade diferente. Neste "Anti-universo" estariam invertidas todas as polaridades, de modo que uma partícula de carga positiva no nosso teria, naquele, uma carga negativa. Cientistas como ele, que sustentam a hipótese de um Universo paralelo,constituído por antimatéria, imaginam que sua estrutura teria a mesma equivalência ao Cosmos que conhecemos, de maneira análoga à equivalência entre um objeto e sua imagem refletida no espelho.
A redenção da Criação é obra de Deus, e não do homem. Porém, a Igreja é chamada a ser cooperadora com Ele. Em suas mãos estão as harpas de Deus.
É através da oração que Igreja se torna cúmplice de Deus em Seu governo cósmico. Somos convidados a participar do Seu domínio. Daniel profetiza que “o reino e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn.7:27). Nós temos as harpas de Deus em nossas mãos! O Cosmo inteiro aguarda pela manifestação dos filhos de Deus (Rm.8). Tudo no Cosmo está organizado a fim de promover o bem daqueles que amam a Deus, e que são chamados segundo o Seu maravilhoso propósito. Cada átomo, cada evento, tudo conspira em nosso favor. Ou como disse J.A.Motyer, “O mundo inteiro está ordenado e organizado de forma que tudo vá ao encontro das necessidades do povo de Deus”.[2]
Ao orarmos em ação de graças constante, estamos tocando nossas harpas, e conduzindo o cosmos à adoração ao seu Criador.
Já que falamos dos vinte e quatro anciãos que se assentam “ao redor do trono”, não podemos deixar escapar a oportunidade de falar sobre os quatro seres viventes que estão “diante do trono”. O que está por trás do trono diz respeito ao mundo invisível, espiritual, o que está perante o trono diz respeito ao universo visível, e à sua ordem.
Já falamos em outra oportunidade que esses quatro seres viventes representam a extensão do domínio de Cristo sobre a Criação visível. O número quatro tem esse valor simbólico. Os quatro ventos, os quatro cantos da terra, os quatro evangelhos, os quatro lados da Nova Jerusalém, as dimensões do amor de Cristo (largura, comprimento, altura e profundidade) são alguns exemplos da aplicação desse número na Bíblia. E quanto às descobertas científicas, será que esse número revela alguma coisa?
3.4.2. DNA: A Vida ao redor do Trono
Há pouco falamos das quatro forças que, segundo a Física, regem o Universo, a saber, a gravidade, o eletromagnetismo, as interações nucleares fortes e as interações nucleares fracas. Não fossem tais forças, o Universo não existiria, ou pelo menos, não teria a configuração que tem. Vamos deixar o campo da Física, e vamos para o campo da Biologia. Já sabemos pela Física como a matéria se organiza através dessas quatro forças. Agora, não podemos nos esquecer que os seres vistos diante do Trono de Deus eram “seres vivos”. E como a “vida” se organiza?
Como sabemos, os seres vivos são compostos de células, e é isso que os difere das coisas inanimadas. Se abríssemos o núcleo de uma célula, lá encontraríamos uma seqüência de códigos secretos que a ciência denominou DNA.
Os primeiros estudos sobre o DNA foram realizados no final do século 19, mas a forma desta estrutura indispensável à vida de todos os seres vivos só foi apresentada no dia 28 de fevereiro de 1953 pelos então jovens cientistas James Watson e Francis Crick. A descoberta do DNA foi saudada por um dos seus descobridores, Watson, com a frase – “Descobrimos o Segredo da Vida!" Em 1962, Watson, juntamente com os seus colegas Francis Crick e Wilkins, recebeu o Premio Nobel pela descoberta da estrutura molecular do ácido "hereditário", o DNA. A molécula deste ácido forma uma hélice dupla que lembra o Caduceu da medicina. Sem embargo, a descoberta do DNA é uma das descobertas mais importantes do século 20.
A descoberta do DNA deve-se muito a Johann Mendel, pioneiro no estudo das leis da herança genética.
O DNA é o responsável pelas características físicas de todos os seres vivos. Desde de um inseto até o maior mamífero, todos são compostos dos mesmos elementos básicos. O que os difere uns dos outros é o código secreto existente em cada célula. Como pode uma bactéria ser formada dos mesmos elementos que compõe o homem? O que os distingue é a forma como esses elementos se arrumam para formar o código, ou melhor, o DNA.
Para facilitar a compreensão, tomemos, por exemplo, algumas letras do nosso alfabeto. Com as letras A, M, O e R, podemos formar a palavra AMOR. Mas se invertermos a ordem das letras, poderemos formar a palavra ROMA. Ora, trata-se de palavras com sentidos completamente diferentes, mas com as mesmas letras. A mesma idéia pode se aplicar ao DNA. Embora todos os seres vivos possuam os mesmos elementos deste código, estes são arrumados em seqüências diferentes.
O DNA é formado pelos nucleotídeos adenina, citosina, timina e guanina, representados por suas iniciais A, C, T e G. Por incrível que pareça, apenas quatro (4) elementos compõem o código da vida!
Creio que esses quatro elementos estão representados diante do Trono pelos quatro seres vivos que ali se apresentam.
Outra coisa que difere os seres vivos é o número de elementos que possuem. O ser humano, coroa da criação, é o que apresenta o maior e mais complexo número de elementos entre todos os demais seres vivos.
A dupla hélice que forma o DNA está dividida em vários segmentos. Estes grupos de elementos são chamados genes. Os elementos de cada gene trabalham fabricando proteínas, que são os componentes que fazem o nosso corpo por dentro e por fora como os tijolos fazem uma casa. Assim, temos genes responsáveis pela produção de anticorpos -- as proteínas que defendem nosso organismo de agentes invasores, como bactérias, vírus e fungos; genes responsáveis pela produção de melanina -- a proteína que influencia na cor da nossa pele; genes responsáveis pela produção de insulina -- proteína que controla os níveis de açúcar no sangue; entre milhares de outros.
Os genes são também responsáveis por outras características mais evidentes, tais como nossos traços físicos. O código que trazemos no núcleo de todas as nossas células é resultado da combinação de genes que recebemos do nosso pai e da nossa mãe. Viemos de uma única célula, a célula-ovo, que se dividiu inúmeras vezes até que estivéssemos prontos para nascer. E a célula-ovo, por sua vez, resulta do encontro da célula reprodutora masculina (espermatozóide), que continha genes do seu pai, com a célula reprodutora feminina (óvulo), que continha genes da sua mãe.
Desta forma, nosso DNA é a combinação de genes do nosso pai com genes da nossa mãe. E como o DNA contém as características físicas dos indivíduos, herdamos as características físicas dos seres que nos deram origem.
É importante ressaltar que não somos exatamente meio a meio pai e mãe. Somos uma combinação de códigos de um e de outro e isso faz com que possamos desenvolver características próprias. E como os seres resultam de combinações de DNA, não existe ser vivo com DNA igual ao de outro. Só há uma situação em que dois ou mais seres podem ser considerados cópias naturais: é o caso dos gêmeos idênticos. Isso acontece quando a célula-ovo, que daria origem a um indivíduo, se divide formando dois ou mais embriões. Como esses irmãos tiveram origem na mesma célula, eles terão o mesmo DNA, o que os torna fisicamente idênticos.
O que é o genoma humanoPodemos dizer que genoma é o código genético do ser humano, ou seja, o conjunto dos genes humanos. No material genético podemos encontrar todas as informações para o desenvolvimento e funcionamento do organismo do ser humano. Este código genético está presente em cada uma das nossas células. O genoma humano apresenta-se por 23 pares de cromossomos que contem interiormente os genes. Todas as informações são codificadas pelo DNA, o ácido desoxirribonucléico. Este ácido, que tem um formato de dupla hélice, (veja figura do DNA acima) é formado por quatro bases que se juntam aos pares: adenina com timina e citosina com guanima.
A utilidade do genoma humanoAtravés do mapeamento genético do genoma humano será possível, muito em breve, descobrir a causa de muitas doenças. Muitos remédios e vacinas poderão ser desenvolvidos a partir das informações obtidas pelas pesquisas genéticas. Descobrindo a causa de várias doenças, o ser humano poderá adotar medidas de prevenção.
Através de pesquisas genéticas e exames, já é possível detectar se um ser humano tem predisposição para sofrer de certas doenças ou se um embrião herdou doenças graves. Em breve, quando forem descobertas as funções de todos os genes humanos, outros benefícios virão.
O Projeto GenomaO geneticista Craig Venture, dono da empresa de pesquisas genética Ventura, completou em 2000 o sequenciamento genético de todos os genes humanos. Foram identificadas todas as bases (moléculas químicas que formam o DNA ).Paralelamente o Projeto Genoma, que teve a participação de várias instituições de pesquisa do mundo todo, também concluiu o mapeamento genético.
Quero terminar este capítulo em que falamos da extensão de Seu domínio, com um dos mais belos salmos, conhecido como “Louvor Cósmico”:
Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor desde os céus, louvai-o nas alturas.
Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestiais.
Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas reluzentes.
Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus.
Louvem o nome do Senhor, pois mandou ele, e logo foram criados.
Ele os estabeleceu para sempre, e lhes deu uma lei que não passará.
Louvai ao Senhor desde a terra, vós, monstros marinhos,
E todas as profundezas dos oceanos, relâmpagos e saraiva,
Neve e nuvens, ventos tempestuosos que EXECUTAM A SUA VONTADE;
Montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros;
Feras e todos os gados, répteis e aves voadoras; reis da terra e todos os povos,
Príncipes e todos os juízes da terra; jovens e donzelas, velhos e crianças,
Louvai o nome do Senhor, pois só o seu nome é exaltado; a sua glória
Está sobre a terra e o céu.
Ele também exaltou o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos,
Dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor.
Salmo 148.
[1] É interessante frisar também que recentemente, alguns cientistas especularam que o Universo, além de finito, apresenta uma forma geométrica de 12 lados, similar a um dodecaedro. Se isso for comprovado, podemos afirmar que os vinte e quatro anciãos representariam os 12 lados interiores desse universo, e os 12 lados exteriores, isto é, o universo visível e invisível. Convém lembrar que o Livro que contém o propósito de Deus de restaurar todas as coisas é escrito por dentro e por fora, e isto indica a realidade visível e invisível (Ap.5:1). A vontade de Deus deve ser cumprida “assim na terra como no céu”.
[2] J.A Motyer, p.113.
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